Apreciações Musicais - ESC 2020: São Marino

SENHIT - "FREAKY"

Jessica Mendes: Imaginem o seguinte: têm a oportunidade de gravar "Cleopatra" e recusam essa música para a Eurovisão. Pouco depois percebem o quão bem foi recebida pelos fãs, mas já é tarde demais. O que é que fazem? Uma final nacional à última da hora com uma música lançada há meses e um disco manhoso mais que datado e escolhem enviar a segunda opção. 

João Vermelho: O instrumental é talvez o que mais gosto desta canção, tem uma melodia interessante e bem construído.

Neuza Ferreira: Isto parece uma pseudo disco (?) Não quero acreditar. Não é assim tão mau. Se o ano passado foi “bom”, este ano vai ser ótimo. O instrumental de “Freaky!” que fica no ouvido.

Pedro Lopes: Será que São Marino se consegue separar do registo disco? Nos últimos anos, não me parece… para mal deles, claro que está. Há partes do instrumental que até são engraçadas. O problema é quando a música chega ao refrão, e mostra o quão intolerável é. Até estava bem antes, mas depois, só me dá vontade de desligar tudo.

Tiago Lopes: São Marino descobriu a sua praia. Temas de anos 80 é o que está a dar. É mais uma vez diferente de tudo o que foi apresentado para este festival. Destaca-se.  

Jessica Mendes: Eu gostei muito da Senhit na última participação. Acho que tem uma voz lindíssima e estava muito curiosa para interpretar esta canção.

João Vermelho: Não desgosto da voz da Senhit, mas nesta canção não me agrada tanto.

Neuza Ferreira: Estas proposta de São Marino pode ter algumas semelhanças com a desgraça do ano passado, mas pelo menos agora têm uma intérprete a sério. Senhit sabe cantar, thank God.

Pedro Lopes: Já disse que odeio o refrão? Ok, continuando. Há uma parte que também fica péssimo, que é quando decidem falar em vez de cantar (e no refrão acham muito engraçado). Agora, falando da Senit com H, eu gostava bastante do timbre da cantora, que ainda tinha na memória em 2011. Aqui, sinceramente, não deixa de ser uma voz competente, com um timbre característico. Mas nada mais.

Tiago Lopes: Senhit já participou no Festival em 2011 e conseguimos que é uma cantora competente. Embora este tema seja mais dançável, acredito que a cantora conseguia dar conta do recado.

Jessica Mendes: É uma viagem digna do videoclip. 

João Vermelho: A letra é super genérica, e o refrão… enfim…

Neuza Ferreira: O ano passado era “na na na”, este ano é “freaky, freaky, freaky”. A coerência.

Pedro Lopes: Uma letra que assume ser esquisita, querem o quê, mais? Está tudo dito.

Tiago Lopes: É São Marino! Aqui só os refrões importam: "Facebook Uh, oh, oh", "It's the spirit of the night",  "Say na na na", "‘Cause life is good when we’re freaky, freaky, freaky". Está tudo dito.

Jessica Mendes: 6 pontos.

João Vermelho: 1 ponto.

Neuza Ferreira: 4 pontos.

Pedro Lopes: 2 pontos.

Tiago Lopes: 7 pontos.

Total: 20 pontos

Jessica Mendes: Nunca mudem, São Marino.

João Vermelho: Quem vai ficar Freaky da cabeça sou eu depois de ouvir isto… 

Neuza Ferreira: De Serhat para Senhit. Nome semelhante, na esperança de alcançarem um resultado semelhante ao de 2019.

Pedro Lopes: As músicas do ZigZag da RTP2 conseguem ser menos cringe.

Tiago Lopes: 3 da manhã:
    Eu: quero dormir
                     Cérebro: Freaky, freaky, freaky!

1.º Lituânia - 53 pontos; 2.º Islândia - 47 pontos; 3.º Suécia - 46 pontos; 4.º Noruega - 44 pontos; 5.º Rússia - 42 pontos; 6.º Azerbaijão - 39 pontos; 7.º Austrália - 37 pontos; 8.º Ucrânia - 36 pontos; 9.º Irlanda - 35 pontos; 10.º Roménia - 34 pontos; 11.º Malta - 33 pontos; 12.º Israel - 32 pontos; 13.º Bélgica - 28 pontos; 14.º Polónia - 28 pontos; 15.º Grécia - 27 pontos; 16.º Áustria - 23 pontos; 17.º Estónia - 22 pontos; 18.º Chipre - 21 pontos; 19.º São Marino - 20 pontos; 20.º República Checa - 19 pontos; 21.º Bielorrússia - 19 pontos; 22.º Eslovénia - 18 pontos; 23.º Croácia - 18 pontos; 24.º Macedónia do Norte - 17 pontos; 25.º Moldávia - 14 pontos.

Vídeo: Eurovision Song Contest